domingo, 6 de maio de 2012


Apagão no celular?

Ao final de 2001 o Brasil enfrentou uma crise de energia – graças à falta de investimento na geração elétrica – que culminou na ameaça de racionamento forçado através de apagões – períodos em que determinadas áreas do país ficariam sem receber eletricidade. Devido a um grande número de fatores, em fevereiro de 2002 a distribuição de energia voltou ao normal, mas a lição foi aprendida e o país começou a investir novamente em geração elétrica.
Com isso, o risco de racionamento de energia – como o enfrentado em 2001 – foi afastado da população. Porém mais usinas não significam uma existência com eletricidade de sobra. Em novembro de 2009 – mais precisamente no dia 10, uma terça-feira – várias cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro inclusive, viram-se completamente às escuras. Provavelmente causado por eventos atmosféricos, o apagão chegou a manter São Paulo na escuridão por mais de três horas.
Funciona quase normalmente
A situação em 2009 foi bem diferente daquela de 2001, uma vez que o racionamento era programado, e o apagão pode mesmo ser chamado de blecaute – queda acidental da transmissão ou geração de energia elétrica. Mas outro fenômeno também chamou atenção durante o tempo foi o uso massivo de redes de telefonia celular durante o período sem eletricidade. Além das ligações para centrais de emergência, amigos e familiares, o Twitter – por exemplo – recebia atualizações constantes sobre a situação em diversas cidades, graças a usuários portando seus smartphones e notebooks com conexão 3G.
Mas como é possível que aparelhos que dependem de toda uma estrutura – antenas e estações retransmissoras – que utiliza eletricidade possam funcionar quando o fornecimento falha?

Suprimento de emergência

Toda a estrutura da rede de telefonia celular – em caso de problemas com o fornecimento de eletricidade – passa a operar a partir de baterias cuja duração varia de duas a quatro horas, dependendo da frequência das chamadas. Passado esse período, se a distribuição de energia não for normalizada, algumas estações em pontos cruciais para o funcionamento da rede ainda contam com geradores a óleo, de forma a manter o funcionamento básico da rede. Caso tanto as baterias quanto os reservatórios de combustível dos geradores se esgotem, a rede cai completamente até o retorno do fornecimento pela rede elétrica.
Como proceder
Como ligações, acessos 3G e até mesmo SMS consomem energia nas centrais telefônicas, recomenda-se evitar o uso de seu aparelho celular durante um blecaute – salvo em casos de necessidade ou emergência. Como derrubadas no fornecimento de energia normalmente são – na maioria dos casos – resultado de desastres, é essencial que as linhas de comunicação estejam disponíveis para as forças de resgate e socorro – bombeiros, polícia e defesa civil.
Cadê o sinal?
A rede de telefonia celular é composta por várias antenas de diversas operadoras espalhadas por todo o território de cobertura. As centrais telefônicas anexas às antenas são responsáveis por garantir que, ao sair da área de cobertura de uma antena, seu sinal seja imediatamente captado por outra, sem interrupções na sua chamada.
Durante um apagão como o acontecido no começo de novembro, algumas das centrais param de funcionar antes de outras, efetivamente desativando algumas antenas. Dessa forma o sinal que – durante o funcionamento normal da rede elétrica – se mantinha estável agora passa a depender de antenas cada vez mais distantes. Isso consome mais bateria do seu aparelho, diminui a qualidade da ligação e, em muitos casos, impede mesmo seu funcionamento por falta de sinal.
Imagine então antenas muito distantes, funcionando graças a baterias, e trafegando uma carga de transmissão milhares de vezes maior do que o normal, já que todos querem usar a rede ao mesmo tempo. Claro que o funcionamento fica prejudicado, e a própria insistência do usuário pode se tornar responsável pela queda definitiva – até o retorno do fornecimento normal – do serviço, ao desgastar as fontes de energia de segurança do sistema.




Borrachas e curiosidades!

Quando o assunto é manutenção de computadores, cada pessoa possui uma espécie de fórmula mágica capaz de fazer um PC antigo render como novo. Algumas não passam de lenda, mas são defendidas com tanto fervor por muito tempo que acabam se tornando verdade, com o agravante de saber que o primo do vizinho de um amigo seu já fez e funcionou.
O problema dessas soluções caseiras é que algumas são um tanto arriscadas e, em alguns casos, podem danificar seriamente seu computador. É para isso que o portal Baixaki criou a seção Mito ou Verdade, dedicada exclusivamente para saber até que ponto o que se fala na internet e nos tutoriais de fundo de quintal é realidade.
E o assunto a ser tratado hoje é algo que deixa muito usuário com um pé atrás: limpar o pente de memória com uma borracha melhora no desempenho do computador? Afinal, um objeto escolar tão simples assim é capaz de fazer milagres? Descubra agora!

Uma pequena sujeira no dente

A memória (também conhecida como memória RAM) é uma das principais responsáveis pelo desempenho de um PC. Isso é algo que praticamente todo usuário já sabe, mas não adianta você possuir 4GB de RAM se o seu computador consegue ler apenas metade disso.
Quando a máquina já possui certa idade, é normal que fique mais lenta e perca toda a potência dos tempos de juventude. Toda sujeira acumulada pelos anos (ou meses, em alguns casos) de uso começa a prejudicar o funcionamento interno do PC e a comprometer seu rendimento.
Agora imagine toda essa poeira sendo depositada nos pequenos dentes dourados que fazem a ligação entre a memória e o restante do computador. Isso faz com que a placa-mãe não consiga ler todos os contatos corretamente e entenda que a capacidade máxima da peça é menor do que é realmente. Como você continua a usar o computador sem se dar conta disso, começa a notar apenas a queda de desempenho.
Além disso, outra grande vilã é a oxidação. Para quem se lembra das aulas de química da escola, esse é o mesmo processo que dá origem à ferrugem em equipamentos metálicos. Então, no caso da memória, é como se os contatos dourados começassem a enferrujar.
Por mais incrível que pareça, utilizar uma borracha realmente ajuda na hora de limpar os dentes da memória, já que a fricção entre o pequeno objeto escolar com os contatos consegue remover a oxidação acumulada.
É claro que isso não vai fazer milagres e só vai funcionar se o problema realmente for poeira ou oxidação dos contatos da memória. Caso o problema seja outro, você pode esfregar a borracha o quanto quiser e não vai conseguir nenhum resultado. Além disso, não espere fazer com que o seu computador fique melhor do que já foi um dia. O máximo que a borracha consegue fazer é resgatar um pouco da memória “escondida” pela sujeira. Se quiser desempenhos melhores, é melhor comprar uma nova.
Cuidados
É claro que existem alguns riscos ao fazer isso. Por se tratar de um procedimento caseiro, deve-se tomar muito cuidado na hora de manusear e utilizar a borracha para não danificar a memória.
O primeiro alerta fica por conta do tipo de borracha a ser usada. Ao utilizar uma mais dura, por exemplo, você corre o risco de riscar algum dos contatos e danificar seriamente a sua memória. O ideal é que ela seja macia. E que esteja limpa, é claro.
E por falar em limpeza, lembre-se de remover todos os vestígios após a utilização. Ao apagar algo, sempre sobram restos de borracha e, se algum desses pedaços for para a placa-mãe, pode ser que o seu trabalho seja em vão – e retirar um pequeno pedaço de borracha da infinidade de circuitos não é uma tarefa tão fácil assim e se assoprar vai facilitar uma nova oxidação.
Mas o maior problema em realizar esse tipo de procedimento é a falta de cuidado ao manusear as peças. Todo componente eletrônico é composto por uma infinidade de pequenos e sensíveis circuitos que, ao menor toque, podem queimar. Por isso, antes de você fazer qualquer coisa é bom saber o que está fazendo. Ter conhecimento de onde pegar já é um bom começo, assim como estar atento quanto à energia estática. E nunca tente limpar a parte verde com a borracha. Além disso, evite friccionar por muito tempo.
Além disso, é aconselhado que você não utilize apenas o pequeno apagador para remover a sujeira. Existem alguns produtos especiais para isso e que, se utilizados em conjunto com a borracha, conseguem um melhor resultado na hora da limpeza. Portanto, opte por utilizar também algum spray específico para limpar contatos ou até mesmo álcool isopropílico

Baterias Viciam?

Muitos se perguntam se as baterias de notebooks, netbooks e celulares atuais “viciam” como era perceptível há alguns anos atrás. Em busca de evitar o problema, alguns usuários chegam a retirar a bateria dos notebooks enquanto há uma tomada por perto e sempre gastam toda a carga antes de plugar o computador na tomada novamente.
Será que essas práticas tem algum fundamento comprovado? E as baterias de hoje, apresentam ainda a possibilidade de serem viciadas pelo mau uso? O Baixaki pesquisou sobre o tema para você e responde a essas e outras questões nas linhas seguintes.
Vicia mesmo?
A resposta é muito simples: não! O fenômeno que muitos chamam de viciar a bateria na realidade se chama “Efeito Memória” e ocorria nas antigas baterias de níquel-cádmio. Elas registravam a diferença entre o ponto inicial da carga até que ela fosse maximizada.

Em termos mais simples, se você carregasse algumas vezes a bateria a partir de 20% de carga, depois de um tempo o carregador passaria a considerar os 80% restantes como a carga total. Essa perda de carga útil é chamada de vício de bateria. Por isso a ideia de que é necessário esvaziar completamente as baterias perdura até hoje. As baterias atuais do gênero são de íons de lítio e não precisam desses cuidados.
Desgaste natural
Antes de tudo é necessário ter em mente que o carregamento e utilização das baterias são processos químicos e sofrem desgastes. O tempo de vida com bom rendimento de uma bateria de ótima qualidade é próximo de quinhentas cargas. Em componentes de baixo custo esse valor não chega a trezentos processos.

As baterias não viciam ou perdem o seu potencial de carga pelas mesmas práticas que comentamos anteriormente, mas há alguns aspectos a serem observados para melhorar a vida útil do componente, em especial para quem tem sempre uma tomada por perto.
Deixar na tomada estraga?
Não há indícios comprovados de que manter a bateria no notebook ligado à tomada mesmo após a carga completa danifique o componente. Se você utiliza a bateria normalmente e faz algumas utilizações do notebook fora da tomada durante a semana nenhum efeito de perda de capacidade ocorrerá em curto prazo. Além disso, a bateria serve como estabilizadora para a corrente e evita que o computador desligue em uma queda de luz acidental, fatores que tornam útil mantê-la no aparelho.
Armazenamento
As dicas a seguir devem ser seguidas por quem deseja armazenar sua bateria em casa ou não fará uso do notebook durante um bom intervalo de tempo. Se os locais que você frequenta contam com tomadas acessíveis e você provavelmente não utilizará a bateria, é necessário ter alguns cuidados antes de guardá-la.

É extremamente perigoso armazenar a bateria descarregada.  Com o tempo ela pode perder o que é chamado de carga mínima de funcionamento, o que causaria a “morte” do componente. Também não é recomendável guardá-la com 100% de carga, o que a desgastaria mais rapidamente.
O nível ideal de carga recomendado para armazenar a bateria é entre 40% e 50%. Também é importante mantê-la em um local seco e evitar locais de alta temperatura, visto que a capacidade de manter a carga é perdida em períodos longos de exposição ao calor.